quarta-feira, 25 de junho de 2014
Knock-out stages
O contra-ataque de Seguro (colar Costa a Sócrates e ao "descalabro") tem algo de suicida, mas vai ajudar a separar as águas. Agora há um PS/PS (pós-Sócrates) e um PS/CSACC (com-Sócrates-às-costas-do-Costa). Faz lembrar as velhas cisões dos partidos de extrema-esquerda, que se distinguiam pelos acrónimos exuberantes, mas este cisma afecta-nos a todos. O "passado" que Seguro renega custou-nos caro. Literalmente. Sucede que os portugueses não são tão esquecidos como alguns socialistas. Costa pode ter ganho o PS, mas está longe de ganhar o país - apesar das sondagens. Não se iludam, camaradas. Da resposta de Costa dependerá, evidentemente, o seu futuro e talvez o nosso. Uma coisa é vencer em Lisboa por falta de comparência, outra é, em plena recuperação económica, ir a votos contra um Governo que resistiu a Relvas, à paulada magna e ao "brutal aumento de impostos". A má notícia é que assim não nos livramos da longa sombra do Engenheiro domingueiro. Pensando bem, pode não ser uma má notícia. Quem esquece a história está condenado a repeti-la.
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Ainda bem que conseguiram expulsar o troll do Relvas, que insistia em entrar no edifício do conselho de ministros às escondidas do porteiro. Agora sim, em clima de plena recuperação económica e se ainda por cima o Costa não se demarcar clara e inequivocamente do Sócrates, virando-lhe a cara, como um cavalheiro faz a um vilão, os portugueses vão dar a vitória ao governo, sem dúvida. Os portugueses não vão arriscar perder aquilo que conquistaram com tanto sacrifício e embarcar em aventuras que tanto mal nos fizeram no passado.
ResponderEliminarcaramelo
Espere para ver. É para isso que servem as eleições.
ResponderEliminarJá estou a ver. Costumo ver e sentir coisas no período entre eleições.
Eliminarcaramelo
Ainda bem, mas não é o único. O post é precisamente sobre isso.
EliminarSejamos justos apesar da siglas. A esquerda está cheia de cisões acompanhadas de violentas querelas políticas e ideológicas (e algumas picaretadas na nuca) que produziram toneladas de prosa e moldaram a história da humanidade. Nada disso agora existe, trata-se unicamente do poder tout court. Identificar uma diferença substancial entre Seguro e Costa (Sócrates) é praticamente impossível e a reveladora entrevista de Costa à SIC-N bem o mostra. Concordo: Costa tem um problema, é ter que falar. Será por isso que a sucesso da blitzkrieg é tão importante?
ResponderEliminarXisPto
Parece-me que o visado, o Costa Barão, já veio, expressivamente, renegar o mitómano. Segundo entendi, veio declarar, para memória futura e passada, que, apesar de tudo e de mais, a bem da guilda, ficava com as nódoas da história ao peito, à laia de herdeiro, sem benefício de inventário. Mais, que aceitava carregar a trampa com as mãos e que havia fumado mas não injectado. E, aos costumes, disse nada saber sobre este mundo mas que, todavia, estava obrigatoriamente obrigado a entende-lo!!
ResponderEliminarFoi pelo menos assim que veio nas TVs.
Será, talvez, também prudente referir, a título de prognóstico que ao Costa lhe falta pé esquerdo e ao seguro também o direito!! É evidente que, sem pontas, vão afunilar o jogo pelo centro, sem espaços!! Um adversário avisado, mesmo com um Catenaccio coxo, ganha a partida!!
ResponderEliminarTambém me parece.
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